Dança.
É chegado o momento mágico onde as canções de amor começam a ter um sentido aplicável nas frases da minha prosa.
Eu tenho em mãos há tempos as ferramentas necessárias para montar um lanche mineiro - a faca e o queijo - e agora há a vontade de preparar tão honrosa e tradicional refeição de comer um queijo sozinho, puro. Autossuficiência. Um fim em si mesmo.
Mas então vem o destino, o universo, a divina providência ou a sorte e apresenta o café. Que tal juntar os dois? Sozinhos, deliciosos. Juntos, uma combinação que já parece clássica. Porque é.
A sensação de calmaria, de pradarias extensas onde o vento sopra despenteando os fios das plantas - sua cabeleira de folhas -, o mundo dos sonhos. Um transporte direto disparado por pensamentos felizes - agora mais frequentes e robustos.
É otimização do que já funciona bem. Acrescente um sol de verão à pradaria e uma árvore frondosa para fazer sombra. Um regato com patos próximo. E temos uma paisagem que é um sonho e deixa de ser um não lugar para se tornar um local visitável e habitável. Agradável.
Você me segura e me guia numa dança que eu nunca soube dançar bem. E rodando, rodando, os embaraços em vez de se formarem vão se desfazendo e só sobra riso, só riso, sorrisos e olhinhos fechados por compressão das maças do rosto coradas e contraídas. É sinal de inflamação - com rubor, calor e dilatação do tamanho - mas sem dor incômoda.
Pois que fique assim. Juntemos o corpo e a música e façamos a dança.
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