empty.

Às vezes dou de pensar que não existo. Ou melhor, que deixei de viver e fico existindo pelos cantos, respirando, coração batendo, essas coisas. Hora de levantar, hora de comer, hora de dormir. Rotina. Tic, tac, tic, tac, infinitic, infinitac! Um coração novo quer bater, quer pular, quer chorar, quer correr, andar, gritar! Mas nada disso satisfaz o meu coração. Mergulhado no amor como fondue; fora dele meu coração passa frio, passa medo, mas quando mergulhado é tudo silêncio, gritos sem resposta, ecos que não ecoam. Imensidão vazia, sem cor.

Até à pouco, minha imensidão vazia estava trancada a sete chaves. Entreguei essas setes chaves pra quem é digno de abri-las, e agora contemplo estupefata esse abismo diante de mim. Como é que tinha essa COISA dentro de mim e eu conseguia ignorar? 

Senhor, preenche meu vazio. Senhor, satisfaça meu coração com o seu. Senhor, faz brotar cerejeiras e mangueiras na minha imensidão, colore de verde, pinta de azul, amarelo. Sopra vida, meu Senhor. VIDA. A sua vida. 

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