Pressa.
Pressa.
A vida, mesmo lenta, preguiçosa, está sendo obrigada a andar depressa. Depressa, depressiva, de pressa. Está sendo obrigada a andar arrastada por um trem andando a mil por hora, para que este não passe por cima dela.
e se ela se negasse e não fosse? o que seria da vida?
Andaria lenta, andarilha, feliz da vida, repararia nos ladrinhos (de brilhantes?) em que pisaria a cada passo, contado, calculado.
Andaria
de
sapatilha,
toda bailarina.
Andaria, serelepe, dançaria, olharia pra cima e riria com o céu. Com o sol. Com o calor. Com as flores embaraçando nos seus pés e entrando na dança da vida, divina, de virar do avesso a pressa.
Ah, se dançássemos conforme a música!
O brisa bate leve, e não espanca por causa da pressa. Ela roça o rosto, os cabelos... De-va-gar-zi-nho. E traz refresco, traz arrepio, traz adrenalina que corre de-li-ci-o-sa no sangue.
O Sol também irradia devagar.
O fogo queima devagar, de vagar.
A água molha lentamente, lentificando a mente que para pra olhar.
Por que é que não dançamos conforme a canção de ninar?
Sem pressa, vai! já perdemos o trem.
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