Toracotomia de reanimação.
Eu vi um homem morrer.
Mas ele foi refratário à nossa esperança e ao que pudemos oferecer a ele.
Pobre coração. Meu respeito a você, dono desse coração. Seja guiado a um destino de satisfação e paz, por mais clichê que seja tal declaração. Sinto muito. Sinto tanto que o mundo seja assim, sinto muito.
Tínhamos o seu coração nas nossas mãos, literalmente.
Mas ele se foi.
Tínhamos o seu coração em mãos, quente, antes pulsante, agora com esperanças recaindo sobre ele junto com a adrenalina que infundíamos em seus vasos sanguíneos.
Mas ele foi refratário à nossa esperança e ao que pudemos oferecer a ele.
Então, me foi permitido, por alguém que não tinha tal autoridade, tocar seu coração.
Com dificuldade, entre os arcos costais nunca antes tão desnudos, meus dedos buscaram a massa macia e quente que há pouco colocava um homem de pé. Hoje, colocou um homem deitado por uma eternidade. Mas eu toquei aquele coração, recém-partido, recém-parado, recém-inutilizado, mas ainda quente...
Quente. Mas morto.
Com dificuldade, entre os arcos costais nunca antes tão desnudos, meus dedos buscaram a massa macia e quente que há pouco colocava um homem de pé. Hoje, colocou um homem deitado por uma eternidade. Mas eu toquei aquele coração, recém-partido, recém-parado, recém-inutilizado, mas ainda quente...
Quente. Mas morto.
Quente, mas ineficaz.
Quente, mas não havia vida mais...
Quente, mas não havia vida mais...
Pobre coração. Meu respeito a você, dono desse coração. Seja guiado a um destino de satisfação e paz, por mais clichê que seja tal declaração. Sinto muito. Sinto tanto que o mundo seja assim, sinto muito.
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