sonho de volta de Vitória.
O mundo dos sonhos vive equilibrado com o mundo físico através de pequenas partículas cilíndricas em um plano paralelo.
Nesse plano, a Terra paira no ar dentro de um cubo de vidro, em cujas arestas as partículas repousam, oscilando de forma simétrica e harmoniosa.
São partículas cilíndricas que se assemelham a miçangas de um colar de contas, com listras transversais de cores contrastantes.
E há uma mesa, em algum local secreto, onde o magnetismo espacial é refletido de forma micro. Uma superfície lisa, onde repousam partículas semelhantes a purpurina, distribuídas conforme a matiz de cores visíveis aos olhos humanos.
Eu deitei nessa mesa e fiz espirais com os dedos. Rolei com meu corpo nu, até que todas se aderissem ao meu corpo e me fizessem brilhar.
Então ele veio e se deitou comigo, completando a parte maior da concha humana, e seu membro já túrgido explorava o meio das minhas pernas deslizando-se como que em pura água - o desejo líquido que facilitava nosso contato. Imaginei como seria ter aquele homem em dose dupla comigo. Dois homens daquele me satisfazendo e cumprindo os meus e os seus desejos.
Algo desestabilizou as partículas cilíndricas, que agora fazem movimentos coreicos e aleatórios nas arestas terrestres. Se movem com velocidades variáveis e estão incontroláveis.
Os sonhos podem ser reconhecidos no nosso plano através da música. Uma vez desestabilizados, aqueles que são sensíveis aos sonhos passam a ouvir ruídos desafinados e desarmoniosos em suas mentes, como se algo tivesse falhado na matrix.
Eu os vi primeiro andando juntos, com duas crianças deitadas em carrinhos de bebês. Os dois adultos tinham os cabelos cor de âmbar e encaracolados, tal qual uma representação angelical, com a face com a mandíbula angulosa e saliente, com a fronte deixando-os com uma cara séria, mas amistosa. Sobrancelhas grossas marcavam a expressão de quem procurava por algo nos corredores daquele shopping. Ambos vestiam macacões de cor escura, estampados na parte superior com um desenho astrológico, e por baixo vestiam uma camiseta de algodão branca, cobrindo até os pulsos. Calçavam tênis brancos nos quais não se encontrava nenhuma mácula sequer. A semelhança entre os dois me fez pensar, por alguns segundos, que eu estava com visão dupla. Pareciam reflexos em um espelho imaginário.
Nas mãos, cada um tinha um carrinho de bebê onde dormia uma criança de feições idênticas - um segundo par de gêmeos, mas dessa vez, infantis. Ambos vestiam as mesmas roupas dos adultos, em versão mini, e em cores mais vivas. Os traços angelicais não me deixavam com dúvida: eram filhos dos adultos. Mas de qual? Como gêmeos irmãos, do sexo masculino, tem filhos idênticos? Eram dois pares de gêmeos projetados diante de mim, e eu estava maravilhada.
Durante a visita no Museu Municipal, num sobressalto percebi que, na cadeira do diretor do lugar, eu podia ver os mesmos cachos de outrora. Me apresentei, e ele também. "Gustavo, muito prazer. Fique a vontade, estou apenas preparando seus papéis." Sentei-me. Entre nós, uma mesa de mogno imponente, que eu pouco esperava encontrar em um serviço público. Fitou-me com olhos curiosos, cuja cor alternava entre cinza e castanho, passando pelo verde, azul... Aquele homem parecia divino.
Nesse plano, a Terra paira no ar dentro de um cubo de vidro, em cujas arestas as partículas repousam, oscilando de forma simétrica e harmoniosa.
São partículas cilíndricas que se assemelham a miçangas de um colar de contas, com listras transversais de cores contrastantes.
E há uma mesa, em algum local secreto, onde o magnetismo espacial é refletido de forma micro. Uma superfície lisa, onde repousam partículas semelhantes a purpurina, distribuídas conforme a matiz de cores visíveis aos olhos humanos.
Eu deitei nessa mesa e fiz espirais com os dedos. Rolei com meu corpo nu, até que todas se aderissem ao meu corpo e me fizessem brilhar.
Então ele veio e se deitou comigo, completando a parte maior da concha humana, e seu membro já túrgido explorava o meio das minhas pernas deslizando-se como que em pura água - o desejo líquido que facilitava nosso contato. Imaginei como seria ter aquele homem em dose dupla comigo. Dois homens daquele me satisfazendo e cumprindo os meus e os seus desejos.
Algo desestabilizou as partículas cilíndricas, que agora fazem movimentos coreicos e aleatórios nas arestas terrestres. Se movem com velocidades variáveis e estão incontroláveis.
Os sonhos podem ser reconhecidos no nosso plano através da música. Uma vez desestabilizados, aqueles que são sensíveis aos sonhos passam a ouvir ruídos desafinados e desarmoniosos em suas mentes, como se algo tivesse falhado na matrix.
Eu os vi primeiro andando juntos, com duas crianças deitadas em carrinhos de bebês. Os dois adultos tinham os cabelos cor de âmbar e encaracolados, tal qual uma representação angelical, com a face com a mandíbula angulosa e saliente, com a fronte deixando-os com uma cara séria, mas amistosa. Sobrancelhas grossas marcavam a expressão de quem procurava por algo nos corredores daquele shopping. Ambos vestiam macacões de cor escura, estampados na parte superior com um desenho astrológico, e por baixo vestiam uma camiseta de algodão branca, cobrindo até os pulsos. Calçavam tênis brancos nos quais não se encontrava nenhuma mácula sequer. A semelhança entre os dois me fez pensar, por alguns segundos, que eu estava com visão dupla. Pareciam reflexos em um espelho imaginário.
Nas mãos, cada um tinha um carrinho de bebê onde dormia uma criança de feições idênticas - um segundo par de gêmeos, mas dessa vez, infantis. Ambos vestiam as mesmas roupas dos adultos, em versão mini, e em cores mais vivas. Os traços angelicais não me deixavam com dúvida: eram filhos dos adultos. Mas de qual? Como gêmeos irmãos, do sexo masculino, tem filhos idênticos? Eram dois pares de gêmeos projetados diante de mim, e eu estava maravilhada.
Durante a visita no Museu Municipal, num sobressalto percebi que, na cadeira do diretor do lugar, eu podia ver os mesmos cachos de outrora. Me apresentei, e ele também. "Gustavo, muito prazer. Fique a vontade, estou apenas preparando seus papéis." Sentei-me. Entre nós, uma mesa de mogno imponente, que eu pouco esperava encontrar em um serviço público. Fitou-me com olhos curiosos, cuja cor alternava entre cinza e castanho, passando pelo verde, azul... Aquele homem parecia divino.
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